quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Ao tomar posse, o novo comandante da Marinha brasileira chamou a Guerra Fria de “Terceira Guerra Mundial”

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Nessa quarta-feira, ao assumir o comando da Marinha, o almirante Ilques Barbosa disse que o Brasil enfrentou ‘três guerras mundiais” ao lado dos Estados Unidos.
“Eu aproveito para mencionar a presença do representante do almirante John Richardson, chefe de operações navais da Marinha norte-americana, bem como do almirante Sean Buck, comandante da quarta esquadra e forças navais do comando do Sul dos Estados Unidos”, disse o oficial em seu discurso de posse. “Estivemos juntos em três guerras mundiais e é essa parceria que estamos dando continuidade.”
Questionado após o evento por jornalistas que viram na fala uma possível gafe, Barbosa justificou que, ao mencionar a “Terceira Guerra Mundial” (conflito que jamais foi realizado), ele estava se referindo à Guerra Fria (1945-1990), o confronto não-declarado entre os blocos geopolíticos liderados pelos Estados Unidos e a hoje extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
“Eu disse isso do ponto de vista histórico”, reagiu. “E a história diz que nós passamos pela 1ª Guerra Mundial com a Marinha brasileira participando em apoio aos aliados, depois na 2ª Guerra Mundial, com o Exército e a Força Aérea do País combatendo do lado dos aliados, em prol da democracia e contra a tirania [do chamado “Eixo” fascista formado por Alemanha, Itália e Japão]. E também durante a Guerra Fria nós estávamos de um lado [o do ocidente capitalista].”
O comandante da Marinha fez questão de ressaltar, ainda: “Nós somos o mundo ocidental e é importante mantermos laços profissionais e de amizade, tanto do ponto-de-vista da Marinha quando do Exército e da Força Aérea Brasileira, com as Forças Armadas dos Estados Unidos, França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal.”
Em seu discurso na cerimônia de posse, realizada no Clube Naval de Brasília e com a presença do presença do presidente Jair Bolsonaro, o almirante acrescentou que o País “precisa ser defendido de ameaças”. Ele não especificou, entretanto, a que tipo de risco se referia.
Riquezas naturais
Ele também mencionou as riquezas naturais do Brasil. “Na Amazônia Azul, que corresponde a 52% da nossa área continental, temos imensuráveis bens naturais e complexa e ampla biodiversidade. Nos espaços oceânicos retiramos 85% do petróleo e 75% do gás natural e por onde é transmitida praticamente toda a comunicação do Brasil através de cabos submarinos”, discursou o oficial.
“Em tempos de guerra e paz, é imperiosa uma rigorosa prontidão no sistema de defesa, o que envolve tanto as Forças Armadas quanto os demais segmentos da sociedade brasileira, de modo a ser alcançado o contínuo fortalecimento de todas as vertentes da soberania nacional”, sublinhou Ilques Barbosa.
O almirante finalizou a sua fala dizendo que os programas prioritários da Marinha são o nuclear, o desenvolvimento de submarinos, a aquisição de corvetas da classe Tamandaré, a construção de navios-patrulha e o sistema de gerenciamento da Amazônia Azul, além do pessoal: “Esse é o nosso maior patrimônio”.

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