sábado, 8 de setembro de 2018

Veja o que se sabe até agora sobre o ataque ao presidenciável Jair Bolsonaro

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O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) está no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde permanecerá internado após o atentado a faca que sofreu na tarde de quinta-feira, durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG). Confira, a seguir, as principais informações disponíveis até agora sobre o incidente.
A agressão
Bolsonaro fazia um ato de campanha no Centro da cidade do interior mineiro. Em suas atividades públicas, o candidato do PSL costuma usar colete à prova de balas. Nessa ocasião, ele não usava o equipamento, supostamente por conta do calor na cidade. Ele estava sendo carregado por apoiadores quando foi atacado na altura do abdômen com uma facada.
O agressor
Adelio Bispo de Oliveira é o nome do suspeito de ter atacado o presidenciável. Ele é servente de pedreiro, tem 40 anos, foi filiado ao PSOL e as suas páginas em redes sociais contêm mensagens de ódio contra o deputado e presidenciável nos últimos meses. Uma delas pedia “pena de morte” a Bolsonaro, chamado de “traidor” e “judas”, dentre outros adjetivos.
Em seu depoimento pouco tempo depois do incidente, Adelio disse agir por contra própria e “em nome de Deus”. De acordo com a PF (Polícia Federal), ele será indiciado com base na Lei de Segurança Nacional.
Além dele, outras duas pessoas são consideradas suspeitas, conforme o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Nesta manhã, uma delas foi liberada pela PF da sede em Juiz de Fora.
presidenciável
Na manhã dessa sexta-feira, Bolsonaro foi transferido da Santa Casa da Misericórdia de Juiz de Fora para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Houve três perfurações no intestino delgado e também lesões no intestino grosso. O candidato recebeu quatro bolsas de sangue. O estado de saúde dele é considerado grave, mas estável.
O boletim divulgado no início desta tarde indica que Bolsonaro está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ele passou por exames laboratoriais e de imagem e foi avaliado por uma equipe multiprofissional. O tratamento iniciado em Minas Gerais continua na capital paulista.
Adversários
Os demais candidatos à Presidência da República manifestaram repúdio à agressão contra Bolsonaro. Vice-líder na última pesquisa Ibope, empatado com Marina Silva (Rede Sustentabilidade), Ciro Gomes (PDT), por exemplo, condenou “a violência como linguagem política” e disse que se solidariza com o adversário, que tem sido alvo de críticas suas. “Eu exijo que as autoridades identifiquem e punam o ou os responsáveis por essa barbárie”, frisou.
Impacto
De acordo com analistas políticos, ainda é cedo para avaliar como o caso vai influenciar o cenário eleitoral. A colunista do jornal “O Estado de S. Paulo” Vera Magalhães, salienta que o presidenciável do PSL ficará fisicamente afastado da campanha mas contará com maior protagonismo:

“Todas as estratégias dos demais postulantes ao Palácio do Planalto, bem como as mais recentes pesquisas e prognósticos sobre a corrida presidencial foram jogados no lixo”, frisou.

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