Segue sem solução à vista o imbróglio entre o Governo do Estado e a rede hospitalar privada credenciada pelo Plamta/Iaspi Saúde.
Ontem, o secretário de Administração e Previdência, Ricardo Pontes, disse que o governo está pagando as faturas de abril.
Ele garantiu também que até o dia 10 de agosto serão feitos os pagamentos relativos a maio.
O Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (Sindhospi) emitou nota ontem informado, por sua vez, que os pagamentos à rede credenciada, referentes ao mês de abril, ainda não foram efetuados.
Segundo a nota, na quarta-feira (18) o sistema foi aberto para encaminhamento das faturas, mas de forma incompleta, pois deixou de fora as faturas referentes a urgência e emergência.
Portanto, conforme a entidade, a suspensão dos atendimentos permanece até que haja a regularização dos pagamentos.
NÃO PAGA PORQUE NÃO QUER
DANIELE AITA REVELA QUE NÃO FALTA DINHEIRO PARA PAGAR O IASPI E O PLAMTA NOS HOSPITAIS: O CALOTE É DECISÃO DO GOVERNADOR WELLINGTON DIAS
Crise não existe quando o assunto são os recursos do IASPI e do PLAMTA. Está sobrando dinheiro ali, tanto que o governador Wellington Dias resolveu usar estes recursos descontados dos contra-cheques dos servidores para bancar o carnaval eleitoral de sua gestão. Enquanto isso, hospitais e clínicas decidiram manter a suspensão dos serviços para os usuários dos planos de Saúde do Estado.
Bem que a diretora do IASPI, a médica Daniele Cita tentou. De verdade. Mas se defender governo já não é coisa fácil quando os argumentos são bons, imagine só quando o Estado está errado de cabo a rabo. A gestora revelou que, apesar do atraso de 4 meses nos repasses dos hospitais e clínicas, os recursos do IASPI e do PLAMTA são suficientes para fechar a conta. Ainda assim, o governo quer que os hospitais voltem a atender os servidores usuários dos planos. É como se Wellington Dias estivesse impondo aos hospitais e clínicas que sejam “doadores” de sua campanha de reeleição.
Ação na Justiça
O Ministério Público do Estado, através da 44ª Promotoria de Justiça de Teresina, e a Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Piauí, protocolaram uma Ação Civil Pública junto à Justiça Federal do Piauí para que seja realizado o sequestro de R$ 40 milhões da conta única do Estado.
Esse valor corresponde à metade da dívida do governo com os hospitais e deverá ser revertido ao Instituto da Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado (Iaspi/Plamta).
É mais uma tentativa para resolver o problema, isto é, pagar os hospitais e normalizar o atendimento aos beneficiários do Plamta.
É mais uma tentativa para resolver o problema, isto é, pagar os hospitais e normalizar o atendimento aos beneficiários do Plamta.
O governo só funciona na pressão. Sem esse movimento dos hospitais, dificilmente os pagamentos de abril estariam sendo providenciados.
Mas a ação do MPE/OAB parece um remédio com efeitos colaterais desastrosos. Se o pleito for atendido, e a moda pegar, em pouco tempo o Estado viverá uma situação de total desequilíbrio financeiro, a exemplo de outros nos quais a Justiça interferiu para pagar credores.
Nesse caso, o que já é ruim pode ficar ainda pior.
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