terça-feira, 29 de maio de 2018

Abcam afirmou que entre 70% e 80% dos caminhoneiros já se desmobilizaram

O presidente da Abcam (Associação Brasileira doas Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, disse que entre 70% e 80% dos caminhoneiros que participavam das manifestações nas rodovias do País já “levantaram acampamento” nos pontos de obstrução. A expectativa é de que a desmobilização seja concretizada até o final desta terça-feira (29).
“O nível da adesão [à desmobilização] está aumentando gradativamente. Estou aguardando posição do grupo que está fazendo o levantamento. Apesar de ainda não termos um número exato [sobre o total de caminhoneiros que já se desmobilizaram], dá para dizer que de 70% a 80 % já levantaram acampamento”, disse Lopes.
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Uso político
Lopes explica que as manifestações que ainda ocorrem em alguns pontos de rodovias não estão relacionadas às reivindicações de caminhoneiros, mas há “gente que quer derrubar o presidente Michel Temer”. O dirigente diz ter ouvido relatos de que parte do movimento dos caminhoneiros estaria sendo usado politicamente por defensores da intervenção militar.
“Nas conversas com a base, fiquei sabendo de pontos com envolvimento com intervencionistas, mas estamos trabalhando para evitar esse uso político do nosso movimento. Faremos denúncia publica sobre os pontos onde isso está ocorrendo. Se essas pessoas forem penalizadas por autoridades, com multas ou o que for, elas não terão a ajuda da Abcam”, disse o representante dos caminhoneiros.
Lopes acrescentou que os pontos acordados com o governo já estão “bem encaminhados”, e que serão necessários alguns dias para que a situação se normalize no País. Ele garante não haver, neste momento, rodovias trancadas, e que os combustíveis já estão na direção dos postos.
“Apenas em São Paulo há alguns focos [de manifestação], mas agora a polícia vai desobstruir tudo. Em Brasília, por exemplo, 70% dos postos já estão com combustível normal”, disse o presidente da Abcam. “Agora que tivemos nossas reivindicações atendidas, o momento é de desmobilização”, completou.

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