segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Após ser proibido por juiz da Lava-Jato de sair do país, desembargador autoriza Michel Temer a viajar para Inglaterra

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O desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Ivan Athié, deu liminar, na quinta-feira, dia 26, para o ex-presidente Michel Temer (MDB) poder viajar à Inglaterra. O emedebista havia sido convidado para fazer uma palestra na Oxford Union, entidade vinculada a alunos da universidade. No entanto, o juiz da Operação  Lava-Jato do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, havia negado.
O pedido de habeas foi apresentado pelos advogados de Michel Temer, Eduardo Carnelós, Átila Machado, Roberto Soares Garcia e Brian Alves Prado. “Consoante se demonstrou, a decisão atacada não contém fundamento jurídico que a sustente. Conquanto exiba discurso musculoso, revela sua fragilidade intrínseca, e por isso merece cassação”
Athié afirma que o juiz Marcelo Bretas fundamentou a decisão ‘em sua opinião pessoal sobre a necessidade da prisão cautelar, afastada pelo Superior Tribunal de Justiça’.
“Em vigente dispositivo constitucional de presunção de inocência, nestes termos, e considerando a relevância para o pais, e sua história, o atendimento ao convite formulado ao paciente por entidade internacional, de relevante importância mundial, defiro a liminar requerida para autorizar a viagem, no período de 13 a 18 de outubro do corrente ano, a fim atender honroso convite formulado por Oxford Union”, escreve o desembargador.
Athié manda providenciar ‘de imediato a entrega do passaporte’ ao ex-presidente Temer, ‘que deverá ser devolvido em até cinco dias de seu retorno, junto com os comprovantes de viagem aérea de ida e volta ao Brasil’.
Bretas
O juiz Marcelo Bretas havia barrado a ida de Michel Temer em 18 de setembro. Em sua decisão, afirmou que o ‘status de réu (do emedebista), em ações por corrupção, é incompatível com o uso do passaporte diplomático para evento acadêmico’.
Sob a tutela de Bretas correm ações contra Temer no âmbito da Operação Descontaminação, que mira supostas propinas e desvios em contratos da Usina de Angra III.
As acusações da Procuradoria dão conta de que empresas do amigo de longa data do ex-presidente, João Baptista Lima Filho, o Coronel Lima, teriam sido utilizadas para lavagem de dinheiro, em contratos com a Eletronuclear.

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