quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Flamengo atropela o Grêmio e volta à final da Libertadores

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Nada melhor que uma atuação de gala para matar uma longa saudade de 38 anos: o Flamengo atropelou o Grêmio nesta quarta-feira (23) e, com uma goleada histórica por 5 a 0, está de volta à final da Taça Libertadores.
O sonho de disputar mais uma vez o principal título continental, algo que não ocorria desde 1981, foi ficando mais vivo nos corações dos quase 70 mil torcedores rubro-negros que lotaram o Maracanã aos 41 minutos do primeiro tempo, quando Bruno Henrique abriu o placar após jogada de Gabigol.
Era um gol merecido pelas circunstâncias de um jogo, que, apesar da vantagem do Flamengo, estava equilibrado. O que o Grêmio não esperava era a repetição, na etapa final do duelo no Rio de Janeiro, do atropelamento visto em Porto Alegre no primeiro tempo da partida de ida.
O que se viu depois do intervalo foi um massacre. No primeiro minuto da etapa final, Gabigol ampliou depois de escanteio cobrado na área. Nove minutos mais tarde, o próprio artilheiro ampliou em pênalti de Geromel em Bruno Henrique.
Aos 21, Pablo Marí fez o quarto em desvio de cabeça após escanteio de Arrascaeta. E ainda deu tempo para Rodrigo Caio fechar a goleada, a maior já sofrida pelo Grêmio na história da Libertadores, em falta levantada na área por Everton Ribeiro.
Se há 38 anos o Flamengo teve pela frente na final o Cobreloa, do Chile, desta vez o adversário será bem mais complicado. Ontem, o River Plate, atual campeão da Libertadores, perdeu para o Boca Juniors por 1 a 0 no superclássico argentino, mas garantiu a vaga devido à vitória por dois gols de vantagem na ida.
De comum entre 1981 e 2019 está o palco da grande decisão. O segundo jogo dos três disputados contra o Cobreloa ocorreu no Estádio Nacional de Santiago, escolhido pela Conmebol como o local da primeira final única da história da Libertadores.
A partida acontecerá daqui exatamente um mês, no dia 23 de novembro.
O JOGO
Diferentemente do jogo de Porto Alegre, o Grêmio entrou em campo mais ligado, contendo a pressão inicial que se tornou uma marca do time de Jorge Jesus. Com três volantes, o Tricolor adiantou a marcação e segurou a saída de jogo do Flamengo. No entanto, também não conseguia ser efetivo no setor ofensivo.
O panorama do jogo foi se invertendo com o passar do tempo. Aos 10, o Flamengo equilibrou as ações e também forçava os erros quando o Grêmio tentava iniciar suas jogadas. E foi da pressão na saída que saiu o primeiro lance de risco da partida.
Depois de bola roubada na intermediária, Everton Ribeiro avançou pela direita e cruzou para Gabigol, que ganhou da zaga e cabeceou firme. Paulo Victor, bem posicionado, fez a defesa tranquila.
O Grêmio respondeu na mesma moeda aos 18. Everton Ribeiro saiu jogando errado. Maicon tocou para André, que abriu na direita para Everton na esquerda.
O meia foi à linha de fundo, esperou a chegada dos companheiros e cruzou rasteiro. Diego Alves espalmou para o centro, Maicon conseguiu a finalização, mas foi travado por Filipe Luís, que facilitou a defesa do goleiro do Flamengo, ainda caído no chão.
Quando o Grêmio parecia dominar o jogo, o Rubro-Negro passou a mandar na partida e a criar as melhores chances. Aos 26, após cruzamento de Rafinha, Bruno Henrique surgiu em velocidade na área. Paulo Miranda cochilou e viu o atacante adversário dar um peixinho com perigo contra o gol de Paulo Victor.
Oito minutos mais tarde, aos 34, Arrascaeta cruzou, Paulo Victor afastou mal, e Gabigol tentou emendar na sequência. A bola cruzou toda a área, até ser afastada pela zaga do Grêmio.
O primeiro gol do Flamengo veio aos 41 minutos. Em contra-ataque, Bruno Henrique lançou Gabigol nas costas da zaga. Kannemmann tentou dar o bote e errou o alvo, deixando o atacante livre para invadir a área e finalizar. Paulo Victor até fez a defesa, mas espalmou em cima do próprio Bruno Henrique, que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes.
Na volta do intervalo, o Flamengo repetiu a pressão fulminante que tem aplicado sobre os adversários desde que o time engrenou sob o comando de Jesus. Antes do primeiro minuto da etapa final, Bruno Henrique desarmou Kannemann e cruzou para Everton Ribeiro, bloqueado na hora de finalização.
Na cobrança de escanteio, André cortou para o meio da área. A sobra caiu nos pés de Gabigol, que girou e finalizou no alto. A bola desviou em Pablo Marí e matou qualquer chance de defesa para Paulo Victor.
Nove minutos mais tarde, aos 10, Filipe Luís recebeu de Everton Ribeiro e cruzou para Bruno Henrique. O atacante caiu na área após disputa com Geromel, que recolheu a perna antes de tocar no adversário, e o árbitro do jogo marcou pênalti. Gabigol cobrou e ampliou a vantagem para o Rubro-Negro.
O apagão do Grêmio era total, como ocorreu no primeiro tempo do jogo de ida entre os dois times. Bruno Henrique chegou a fazer o quarto do Rubro-Negro aos 16, mas Gabigol estava impedido no início da jogada. Corretamente, a arbitragem anulou o lance.
De nada adiantou. Aos 21, depois de escanteio cobrado na primeira trave por Arrascaeta, Pablo Marí subiu mais alto que os zagueiros gremistas e desviou de cabeça. Paulo Victor tentou fazer a defesa, mas, sem firmeza, deixou a bola entrar.
Ainda cabia mais. Quatro minutos depois do quarto gol, veio o quinto. Everton Ribeiro cobrou falta da esquerda na área. Rodrigo Caio se antecipou à zaga e tocou de cabeça cruzado, no canto. Mais uma vez, Paulo Victor demorou a pular, e os donos da casa aumentaram a goleada.
Já perto do fim, Diego, que entrou no segundo tempo após se recuperar de longa lesão, ainda teve a oportunidade de fazer o sexto. O meia recebeu já dentro da área e bateu no canto. Paulo Victor se esticou e evitou uma derrota ainda pior para o Grêmio.

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