terça-feira, 11 de setembro de 2018

Veja o que já se sabe até agora sobre a investigação do ataque contra o presidenciável Jair Bolsonaro

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Alvo de uma facada na última quinta-feira, o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, se recupera na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo. Na cena do crime, em Juiz de Fora (MG), foi preso em flagrante o agressor, Adélio Bispo de Oliveira.
Veja, a seguir, o que a PF (Polícia Federal), responsável pelo caso, revelou até o momento sobre as investigações do incidente.
Há indício de motivação político-partidária no crime?
Não. Adélio disse à Polícia Civil que teve “motivos pessoais”. Em outro momento, falou que decidiu atacar Bolsonaro “a mando de Deus”. Além disso, segundo seus advogados, ele disse ter ficado frustrado ao ver declarações de Bolsonaro de que era preciso “metralhar a petralhada do Acre” e sobre comunidades quilombolas.
O autor do crime tem algum distúrbio mental?
Ainda não é possível dizer. Segundo familiares, o agressor tinha hábitos estranhos. O marido de uma das sobrinhas de Adélio conta que ele passava dias trancado em um quarto escuro, mesmo nos dias quentes de verão e não costumava falar sobre política.
A defesa vai apresentar um pedido de incidente de insanidade mental à Justiça Federal. Se o pedido for aceito, Adélio será submetido a exames psiquiátricos para análise sobre sua sanidade mental e sobre como uma eventual insanidade pode ter levado à tentativa de homicídio.
Outros suspeitos
A polícia encontrou outros suspeitos?
A investigação está em curso, e o inquérito é sigiloso. A polícia investiga se há outros envolvidos no crime. Mas até o momento, não houve outros detidos.
O agressor é filiado a algum partido político?
Não. Adélio foi filiado ao PSOL de maio de 2007 até dezembro de 2014, quando sua filiação foi cancelada a seu pedido.
Como a polícia trata o caso?
O caso ficou a cargo da Polícia Federal. Adélio teve decretada a prisão preventiva, sem prazo para terminar, e foi indiciado com base na Lei de Segurança Nacional. A pedido da Justiça, ele foi transferido de prisão em Juiz de Fora para uma prisão federal no Mato Grosso do Sul, onde está em uma cela isolada.
Ao todo, cinco pessoas foram registradas como testemunhas do crime. Os agentes apreenderam quatro celulares (dois estavam com o acusado e outros dois, na pensão em que ele estava hospedado). Um laptop também foi recolhido no estabelecimento para o trabalho de perícia.
Por que ele foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional?
O artigo 20 dessa lei tipifica como crime praticar atentado pessoal por inconformismo político. Oliveira disse que agiu por divergências de ideias e de pensamento com as posições do candidato, segundo informou o tenente-coronel Marco Antonio Rodrigues de Oliveira, comandante do 2º Batalhão da PM.
O crime foi planejado?
Em depoimento à Polícia Militar de Minas Gerais, Adélio disse que “saiu de casa com uma faca de uso pessoal a fim de acompanhar a comitiva e, no melhor momento que encontrasse, atentar contra a vida do candidato”. Segundo a defesa de Adélio, a faca foi pega na cozinha da pensão em que ele estava hospedado em juiz de Fora.

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