segunda-feira, 11 de junho de 2018

Pré-candidatos à Presidência da República com 1% nas pesquisas mantêm discurso, mas partidos já ensaiam desistência após o Mundial

O cenário político incerto, as ambições pessoais e a estratégia dos partidos ainda alimentam o quadro fragmentado da disputa presidencial, que deve persistir até o começo de julho. Até lá, dirigentes partidários e concorrentes que se anunciam pré-candidatos a presidente não veem motivos para abrir mão da possibilidade de concorrer. Quando passar o Mundial, porém, ao menos seis dos atuais 13 pré-candidatos com no máximo 1% das intenções de voto nas pesquisas farão os primeiros movimentos de desistência.
Devem sair da disputa o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o empresário Flávio Rocha (PRB), o economista Paulo Rabello de Castro (PSC) e o ex-ministro Aldo Rebelo (SD). Outros virtuais candidatos, como Valéria Monteiro e o cirurgião plástico Dr. Rey, já estão fora da disputa.
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Como as convenções partidárias neste ano só começam a partir de 20 de julho, os partidos dos quatro últimos vão manter as pré-candidaturas mesmo que eles não melhorem seu desempenho nas pesquisas. As legendas do centrão (PP, PRB, DEM, PSC, Solidariedade e PR) adotaram essa estratégia e querem caminhar juntos para uma decisão que só deve ser conhecida depois de 10 de julho, segundo o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, um dos porta-vozes do grupo.
“Agora em junho, todos ainda vão tentar se viabilizar. Não tem por que o Aldo retirar a pré-candidatura nesse momento, com todo muito confuso. Ele está viajando o país todo. Vai continuar assim neste mês”, disse Paulinho ao jornal O Globo.
A estratégia do centrão, porém, tem limitações. Manter a coesão até julho é uma delas. PP e PR, que não anunciaram pré-candidatos à Presidência, são alvo de investidas de presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL). Os três estão mais bem colocados nas pesquisas e tentam formar alianças. Se essas legendas se aliarem a essas candidaturas antes de julho, a coesão sofre abalos e o ritmo das desistências deve aumentar.
No DEM, já há um consenso para retirar a pré-candidatura de Maia, mas esse anúncio só será feito quando o partido fechar apoio a outra legenda. Hoje, o partido está dividido entre apoiar Alckmin ou Ciro, desde que ele concorde em conduzir sua postura mais para o centro.
“Queremos ganhar um pouco mais de tempo. No caso do Alckmin, não tem nem clima para a gente anunciar apoio agora, com a campanha dele cheia de problema”, disse uma liderança do DEM.

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