segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O ciclo de juros baixos no Brasil será longo, afirmam economistas


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O Brasil está em meio a um processo de redução das taxas de juros que deverá se manter por muito tempo, com potencial para aumentar o nível de produtividade da economia e abrir espaço para alternativas de investimentos que atualmente são consideradas inviáveis.
Essa avaliação é compartilhada por diversos economistas que já enxergam os primeiros reflexos dessa mudança no setor imobiliário e na realocação de investimentos de pessoas físicas e empresas.
Para que isso se traduza em uma recuperação vigorosa da economia, sem que ocorra pressão sobre os juros, há, no entanto, alguns desafios. Entre eles, ampliar a agenda de reformas econômicas iniciada em 2016, com o objetivo de aumentar a produtividade, equacionar o problema nas contas públicas e garantir que, efetivamente, o crédito mais barato chegue a consumidores e empresas por meio do aumento da competição no mercado financeiro.
José Márcio Camargo, professor do Departamento de Economia da PUC-Rio e economista da Genial Investimentos, afirma que o País já fez um conjunto importante de reformas estruturais, como o teto de gastos e a revisão da lei trabalhista, e o governo está se propondo a manter esse processo, reformando a Previdência e enviando ao Congresso a proposta de reforma administrativa.
“O País está passando por um processo de reformas estruturais importantes, e todas vão na direção de resolver o problema fiscal e dar mais eficiência à economia do ponto de vista produtivo. Se essa trajetória persistir, e não tiver nenhum retrocesso, nossa expectativa é que vamos ter taxas de juros muito baixas durante muito tempo”, afirma o economista.
Para Bráulio Borges, economista sênior da consultoria LCA, o juro real brasileiro deve se consolidar ao redor dos 3,5% ao ano, o que levaria a Selic para uma faixa de 6% a 7% assim que a economia começar a apresentar crescimento mais robusto e sustentado. “É bem mais que o zero que a gente vai ver agora, mas é praticamente metade da nossa taxa histórica”, afirma.
O diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), José Ronaldo Souza Júnior, afirma que a queda dos juros está ligada a fatores estruturais, como o compromisso do atual governo com a responsabilidade fiscal e a credibilidade do Banco Central, e conjunturais, como o baixo crescimento da economia brasileira e a queda dos juros em vários outros países. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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