Foram presos: Gustavo Henrique Elias Santos, DJ que e já havia sido preso por receptação e falsificação de documentos; Suelen Priscila de Oliveira, que é mulher de Gustavo e não tinha passagem pela polícia; Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, que já havia sido preso por falsidade ideológica e por tráfico de drogas; e Danilo Cristiano Marques, que já foi condenado por roubo.
Dentre as autoridades que tiveram seus aparelhos invadidos, conforme a PF, estão o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, Abel Gomes, além de um juiz do Rio de Janeiro e de dois delegados da Polícia Federal em São Paulo.
O celular de um dos presos ainda possuía uma conta no Telegram com o nome do ministro da Economia, Paulo Guedes. O material ainda será periciado para confirmar se Guedes também será considerado uma das vítimas. Segundo a Polícia Federal, é possível que, ao todo, aproximadamente mil autoridades tenham sido afetadas.
A Operação
O nome da operação, Spoofing, quer dizer falsificação e é um termo bastante utilizado pelo ramo da tecnologia, para se referir a um ataque em que se engana uma pessoa, passando-se por uma fonte confiável.
Conforme a PF, as invasões tinham a mesma técnica: os indivíduos acessavam o código enviado pelo Telegram ao celular dos alvos e o utilizavam abrir o aplicativo em um computador. As investigações acessaram as finanças dos suspeitos e no caso de dois deles, Gustavo e Suelen, foram encontradas movimentações consideradas suspeitas. Com renda mensal entre dois e três mil reais, eles transacionaram entre de 203 a 424 mil reais, entre os meses de março e junho.
Defesa
Segundo o advogado do casal Gustavo e Suellen, Ariovaldo Moreira, Gustavo disse ter visto as mensagens inteceptadas no celular de Walter. Já as defesas de Walter e de Danilo, ainda não se manifestaram.
Histórico
O site Intercept Brasil tem divulgado diversas mensagens, desde 9 de junho, atribuídas ao ex-juiz Sergio Moro e a procuradores do Ministério Público Federal (MPF), da força-tarefa da Lava jato, que, conforme o site, provariam colaborações do magistrado com uma das partes.
Jornalista do Intercept, Glenn Greenwald pontuou em seu Twitter, 12 questões que, para ele, provam a autenticidade das mensagens divulgadas pelo site:
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