O depósito judicial de US$ 682,5 milhões (R$ 2,5 bilhões) feito pela
Petrobras em uma conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba no fim
de janeiro deste ano está causando polêmica. Para não responder a um
processo criminal nos Estados Unidos em função da corrupção na empresa, a
Petrobras aceitou um acordo no valor de US$ 853,2 milhões (cerca de R$
3,5 bilhões) com o Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) em setembro do
ano passado. O Ministério Público Federal (MPF) acordou com as
autoridades americanas que 80% do montante fosse pago pela empresa no
Brasil. A discussão, porém, se instalou porque o MPF decidiu que parte
do valor recebido será destinado ao financiamento de uma fundação de
direito privado, constituída por integrantes da sociedade civil. O
acordo entre o órgão e a Petrobras para a criação da fundação já foi
homologado pelo Judiciário.
No documento, firmado pela Petrobras e pelo DoJ há somente a menção ao
pagamento de 80% do total da multa no Brasil. Foi o MPF em Curitiba que
decidiu a destinação dos R$ 2,5 bilhões. Para auxiliar a constituição da
Fundação, o MPF diz ter solicitado auxílio à Advocacia-Geral da União
(AGU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público do
Paraná (MPPR).
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