O Ministério da Defesa tirou nota oficial ontem, subscrita pelos três comandantes militares (Fernando Azevedo e Silva, da Defesa; Edson Leal Pujol, do Exército; Antonio Bermudez, da Aeronáutica e Ilques Barbosa Junior, da Marinha) para lembrar que “31 de março de 1964 estava inserido no ambiente da Guerra Fria, que se refletia pelo mundo e penetrava no País.
As famílias no Brasil estavam alarmadas e colocaram-se em marcha. Diante de um cenário de graves convulsões, foi interrompida a escalada em direção ao totalitarismo. As Forças Armadas, atendendo ao clamor da ampla maioria da população e da imprensa brasileira, assumiram o papel de estabilização daquele processo.”
A Lei da Anistia
A nota dos comandantes militares observa lembra ainda,a edição da Lei da Anistia: “Em 1979, um pacto de pacificação foi configurado na Lei da Anistia e viabilizou a transição para uma democracia que se estabeleceu definitiva e enriquecida com os aprendizados daqueles tempos difíceis. As lições aprendidas com a História foram transformadas em ensinamentos para as novas gerações. Como todo processo histórico, o período que se seguiu experimentou avanços.”
Militares “agiram conforme os anseios da nação”
Cinquenta e cinco anos passados, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica reconhecem o papel desempenhado por aqueles que, ao se depararem com os desafios próprios da época, agiram conforme os anseios da Nação Brasileira. Mais que isso, reafirmam o compromisso com a liberdade e a democracia, pelas quais têm lutado ao longo da História.”
Nota diz o óbvio: foi uma guerra
A nota do Ministério da Defesa, subscrita pelos comandantes militares, traduz o óbvio: a participação das Forças Armadas deu-se como contraponto a um movimento que buscava a ditadura do totalitarismo. Uma guerra onde militares enfrentaram terroristas em ações que iam desde assaltos a bancos, sequestros, até enfrentamentos diretos com baixas de ambos os lados. Uma guerra,vencida pelas Forças Armadas,que culminou com a Lei da Anistia em 1979 beneficiando vencidos e vencedores.
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