O presidente Jair Bolsonaro afirmou ter conversado com o comando da CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos) sobre lavagem de dinheiro, terrorismo e a situação da Venezuela.
Em transmissão ao vivo no perfil do filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Facebook, o presidente disse: “Lá na CIA tivemos contato com a presidente bem como com funcionários do topo. Muita coisa foi conversada. A preocupação deles com lavagem de dinheiro, com terrorismo, com a Venezuela e com a questão da geopolítica”.
“Lá na Venezuela o povo está passando fome, comendo rato, quando acha rato. Lá não tem cachorro nem gato mais. Comeram tudo por causa do socialismo”, completou.
Na manhã da segunda-feira (18), o presidente foi a uma reunião na sede da Agência Central de Inteligência dos EUA, em um encontro que não foi divulgado na agenda oficial do seu segundo dia de visita a Washington.
Também participaram da reunião na CIA o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. O encontro também não constava na agenda oficial de Moro.
Na transmissão ao vivo no Facebook, o presidente fez uma comparação entre os Estados Unidos e a Venezuela. Segundo Bolsonaro, os EUA são uma democracia porque as pessoas querem entrar no país, ao passo que a Venezuela é uma ditadura porque o mandatário daquele país não deixa as pessoas saírem dele.
Bolsonaro também aproveitou para provocar a esquerda brasileira. “A fronteira está aberta para que simpatizantes do PT, PCdoB e PSOL vão morar na Venezuela, já que gostam tanto daquele regime”, declarou.
A reunião na CIA foi divulgada pela primeira vez no Twitter de Eduardo Bolsonaro, que escreveu: “Será uma excelente oportunidade de conversar sobre temas internacionais da região com técnicos e peritos do mais alto gabarito”.
Segundo informou o Planalto posteriormente, “a visita está ligada à importância que o presidente confere ao combate ao crime organizado e ao narcotráfico, bem como à necessidade de fortalecer ações da área de inteligência que abrangem o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Gabinete de Segurança Institucional, entre outros órgãos”.
Na noite de segunda-feira, o porta voz do governo, Otávio do Rêgo Barros, disse, depois do discurso de Bolsonaro na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, que a intenção do governo com a visita à CIA é “confirmar a importância que ele dá ao combate ao crime organizado, aos crimes transnacionais e a partir daí estabelecer, eventualmente, uma comunicação com os meios de inteligência”. O objetivo, segundo ele, é buscar uma integração da atividade de inteligência no continente americano.
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