O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (13) que aqueles que vêm a Brasília em busca de subsídios do governo quebraram o Brasil. Em um recado a empresários, o ministro disse que antes de fazer qualquer pedido de ajuda à União é preciso mostrar o que pode ser oferecido ao País. “Todo mundo vem pedir subsídios, dinheiro para isso, dinheiro para aquilo. Eu falo: o que vocês podem fazer pelo Brasil? Quebraram o Brasil, quebraram o Brasil”, afirmou.
Desde a vitória do presidente Jair Bolsonaro nas eleições do ano passado, a equipe econômica vem defendendo a redução dos desembolsos do governo para auxílios setoriais a empresários. “Vejo muita gente vindo de muitas partes do Brasil para pedir coisas para o Brasil. A pergunta é: o que eles podem dar para o Brasil?”, disse.
A afirmação foi feita em breve discurso de Guedes durante evento de lançamento de uma ferramenta digital que publica dados sobre gastos do governo federal com viagens de servidores e autoridades. “Nós estamos servindo ao Brasil, Vocês estão defendendo o patrimônio do Brasil”, afirmou o ministro a uma plateia de servidores públicos.
No encontro, ao mencionar a crise fiscal nos estados, Guedes ainda criticou a atuação dos tribunais de contas estaduais. O ministro afirmou que o governo está trabalhando para fazer com que esses órgãos tentem “subir ao padrão” do TCU (Tribunal de Contas da União). “O TCU vai ter que ajudar os tribunais de contas estaduais. Os governos estaduais estouraram, em visível falta de controle dos tribunais estaduais”, destacou.
Economia
Paulo Guedes reforçou na segunda-feira (11), em entrevista concedida ao jornal Financial Times, que a reforma da Previdência a ser apresentada pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso pretende economizar R$ 1 trilhão em 10 anos. A reforma, segundo Guedes, deve ser aprovada “dentro de cinco meses”.
De acordo com o ministro, a versão final da reforma da Previdência chegará ao Congresso “assim que o presidente se levantar da cama”. Na segunda-feira, Bolsonaro recebeu alta da unidade semi-intensiva e foi transferido para apartamento do Hospital Albert Einstein. Em 28 de janeiro, o o presidente foi submetido a uma cirurgia para retirada da bolsa de colostomia.
Além da alteração na legislação previdenciária, o ministro sinalizou que pretende realizar uma reforma tributária e liderar um programa de privatização. “Estamos indo na direção de uma economia voltada para o mercado”, afirmou Guedes para o Financial Times.
O jornal listou uma série de desafios para Paulo Guedes. Segundo a publicação, o ministro terá de lidar com um grande déficit fiscal, aumento da dívida pública, 12 milhões de desempregados, além de liderar uma economia de baixa produtividade e que apresenta uma recuperação econômica “anêmica”. “No entanto, as contas externas estão amplamente equilibradas e as reservas externas estão em US$ 377 bilhões”, disse o Financial Times.
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