quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Em encontro na casa de Bolsonaro, o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos convidou o presidente eleito para visitar Donald Trump

O presidente eleito Jair Bolsonaro se reuniu, na manhã desta quinta-feira (29), com o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. O norte-americano chegou à residência de Bolsonaro, no Rio de Janeiro, por volta das 7h, e convidou o militar para um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Também participaram da reunião o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; o futuro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno; e o futuro ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.
Pelo lado dos Estados Unidos, além de Bolton, compareceram o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança americano, Garrett Marquis; o diretor do Conselho para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Mauricio Claver-Carone; o diretor para o Brasil, David Schnier; e o encarregado de negócios, Bill Popp.
No encontro com Bolton, foram discutidos assuntos como o comércio entre os dois países, a situação da Venezuela, relações comerciais com a China e segurança. Desde as eleições de outubro, Bolsonaro busca uma aproximação com os Estados Unidos. Trump foi o primeiro chefe de Estado a parabenizar o presidente eleito pelo resultado nas urnas.
O próprio Bolton elogiou a eleição de Bolsonaro e disse que o fato é um sinal positivo para a América Latina. No início de novembro, citou o futuro presidente do Brasil ao falar sobre o futuro da região. “As recentes eleições de líderes afins em países-chave, incluindo Iván Duque na Colômbia e, no último final de semana, Jair Bolsonaro no Brasil, são sinais positivos para o futuro da região e demonstram um crescente compromisso regional com princípios de livre mercado e governança aberta, transparente e responsável”, disse naquela data.
Continência
Bolsonaro prestou continência para o assessor de Segurança Nacional dos EUA antes da reunião entre os dois na manhã desta quinta-feira no Rio. Bolton chegou escoltado por batedores da Polícia Militar em uma comitiva com quatro carros e não falou com os jornalistas. Ele deixou o local uma hora depois.
Depois de deixar a residência de Bolsonaro, Bolton disse nas redes sociais que a reunião “foi muito produtiva”. “Estamos ansiosos para uma parceria dinâmica com o Brasil”, escreveu.
O assessor fez uma escala no Brasil antes de viajar para o encontro do G20, em Buenos Aires. Bolton é um dos principais conselheiros do presidente Donald Trump em política externa e figura controversa. O assessor é um crítico dos governos da Venezuela, de Cuba e da Nicarágua e costuma chamar esses países de “Troica da Tirania”.
Ele já disse que os EUA têm interesse em fazer alianças com os governos do Brasil e da Colômbia para aumentar a segurança e melhorar a economia na América Latina.

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