quinta-feira, 8 de novembro de 2018

“Caixa preta” do BNDES vai ser aberta. É a promessa de Bolsonaro

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta quarta-feira (7) que vai abrir os dados do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) na primeira semana de seu governo.
“O BNDES, da minha parte, vamos abrir todos os sigilos para vocês. Todos. Sem exceção”, disse ele a jornalistas após almoçar com o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio Noronha.
O objetivo, segundo Bolsonaro, é tirar o sigilo dos dados do banco ainda em janeiro de 2019, logo após tomar posse.
“Na primeira semana, até para dar matéria, para vocês se preocuparem com outras coisas a não ser o presidente”, ressaltou.
O juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça, viajou a Brasília e acompanhou o presidente ao evento no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele saiu minutos antes do fim da reunião com Bolsonaro e Noronha e não respondeu a perguntas dos jornalistas.
Servidores do STJ pediram para tirar fotos com Bolsonaro quando ele chegou e saiu para a reunião. Ao término da entrevista coletiva, os funcionários aplaudiram o presidente eleito.
Crédito
Em pouco mais de 20 anos, os financiamentos do BNDES apoiaram a geração de 10,1 milhões de empregos, afirmou na terça-feira (6), o superintendente de Planejamento Estratégico da instituição de fomento, Maurício Neves. Ao fazer uma apresentação de “prestação de contas” da aplicação dos recursos públicos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) via BNDES, Neves destacou ainda o aumento da capilaridade geográfica e da participação das empresas de menor porte no crédito.
De 1996 a 2017, são 5,8 milhões de empregos diretos e 4,3 milhões de empregos indiretos. A conta dos empregos formais gerados leva em conta abertura e manutenção de vagas, num modelo de produto-insumo, sem levar em conta eventuais demissões no processo, ou seja, não traz um saldo do numero de vagas efetivamente criadas pelos financiamentos, esclareceu Neves.
O superintendente destacou o reforço, nos últimos anos, da análise da efetividade da aplicação nos empréstimos do BNDES, como forma de avaliação das políticas públicas.
“Hoje, as operações diretas são aprovadas com uma tese de efetividade”, afirmou Neves na apresentação, durante um seminário sobre os 30 anos do FAT, na sede do BNDES, no Rio.
Em termos de capilaridade geográfica, Neves destacou que, atualmente, o banco financia clientes localizados em 96% das cidades do País, um total de 5.342 cidades. No período de 1995 a 2000, os clientes do banco de fomento estavam em 2.402 municípios. Neves destacou o papel das empresas de menor porte nesse processo de ampliação da capilaridade regional.
“A grande interiorização do apoio do BNDES e do apoio do FAT se dá com as MPMEs (médias, pequenas e microempresas)”, disse Neves.
O executivo citou ainda o financiamento de investimentos em mobilidade urbana e em energia limpa como exemplos de sucesso da aplicação do crédito do BNDES.
Segundo Neves, 77% de toda a capacidade de energia eólica instalada com investimentos feitos de 2007 a 2016, ou 7,6 mil megawatts, tiveram financiamento do BNDES.
O executivo do BNDES destacou ainda que o banco de fomento está em meio a um processo de reestruturação estratégica. Diante disso, a instituição estará preparada para se adaptar às funções que forem definidas com a transição para o futuro governo Jair Bolsonaro.
“O banco vem vivendo com muita intensidade um processo de planejamento estratégico que o preparou para o futuro. Ele seguirá as diretrizes do novo governo, pois se capacitou para atuar em qualquer função do desenvolvimento”, afirmou Neves.

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