A nova pesquisa do instituto Datafolha, divulgada na noite dessa quinta-feira, mostra que Jair Bolsonaro (PSL) alcançou 35% das intenções de voto para a Presidência da República, aumentando três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de terça-feira. Em segundo lugar, aparece Fernando Haddad (PT), que pouco de moveu: oscilou positivamente de 21% para 22%.
Com a cifra, Bolsonaro alcança 39% de votos válidos, contra 25% de Bolsonaro, o que deve animar ainda mais os seguidores do capitão reformado do Exército a buscar os votos para tentar resolver a disputa no primeiro turno, possibilidade que os institutos de pesquisa ainda consideram remota.
Há motivos de sobra para esse esforço da campanha do capitão reformado de querer “fechar a conta” no próximo domingo: nas simulações de segundo turno, os cenários são muito mais apertados para ele. Caso caso se confirme a tendência de confronto direto com Haddad, o petista teria hoje 44% da preferência do eleitorado, contra 43% do candidato do PSL, o que configura um empate técnico.
Já Ciro Gomes (PDT), que estancou em torno de 11% no primeiro turno, bateria com folga o deputado e capitão reformado do Exército, com um escore de 48% a 42%. Essa é a segunda vez em que o Datafolha sai às ruas na reta final de campanha para o primeiro turno.
O instituto ouviu 10.930 eleitores em todo o País, durante dois dias (quarta e quinta-feira). A margem de erro são dois pontos para mais e para menos, com um grau de confiabilidade de 95%.
Na pesquisa do início da semana, Bolsonaro já havia crescido, mesmo após ter sido alvo de protestos históricos liderados por mulheres que se mobilizaram sob a consigna #elenão contra a retórica machista e racista do candidato.
A alta acendeu todos os alarmes da campanha de Haddad, que passou, tardiamente, a prestar atenção na ofensiva de Bolsonaro via WhatsApp. A capilaridade da campanha do candidato no aplicativo é grande e não dispensa, como mostrou reportagem do EL PAÍS, uma azeitada máquina de mentiras camufladas de notícias.
Outro dado da pesquisa é a estabilidade nos índices de rejeição dos candidatos. Entre os entrevistados, 45% disseram não votar de jeito nenhum em Jair Bolsonaro, ao passo que no caso de Haddad essa parcela oscilou de 41% para 40%.
Desempenho
Veja a seguir a comparação entre o índice de intenções de voto da cada presidenciável na pesquisa anterior do Datafolha (divulgada no início da semana) e no levantamento publicado nessa quinta-feira. A próxima pesquisa virá a público neste sábado, véspera da votação.
– Jair Bolsonaro (PSL): passou de 32% para 35%;
– Fernando Haddad (PT): oscilou de 21% para 22%;
– Ciro Gomes (PDT): manteve-se em 11%;
– Geraldo Alckmin (PSDB): oscilou de 9% para 8%;
– Marina Silva (Rede): continuou com 4%;
– João Amoêdo (Novo): estagnou em 3%;
– Alvaro Dias (Podemos): segue com 2%;
– Henrique Meirelles (MDB): segue com 2%;
– Cabo Daciolo (Patriota):oscilou de 2% para 1%;
– Guilherme Boulos (PSOL): prosseguiu com 0%;
– Vera (PSTU): caiu de 1% para 0%;
– João Goulart Filho (PPL): continuou com 0%;
– José Maria Eymael (DC): continuou com 0%;
– Brancos/nulos: oscilaram de 6% para 8%;
– Não responderam:mantiveram-se em 5%.
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