O Brasil ficou na lanterna no ranking do crescimento econômico do segundo trimestre, conforme compilação com dados de 47 países feita pela agência de classificação de risco Austin Rating. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro avançou 1,0% em relação ao segundo trimestre de 2017, informou mais cedo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O destaque na compilação foi o crescimento da Índia, cujo PIB do segundo trimestre ficou 8,2% acima do verificado em igual período de 2017.
O desempenho do Brasil foi igual ao do Japão, em 46º lugar no ranking, e pouco abaixo do da Itália, com avanço de 1,1% ante o segundo trimestre de 2017. Bélgica e Reino Unido, com crescimento de 1,3%, também ficaram para trás.
No topo do ranking, a Índia cresceu acima da média das projeções de analistas, que apontava para um avanço de 7,6% no PIB do segundo trimestre ante igual período de 2017. O resultado também mostra aceleração em relação aos 7,7% registrados entre janeiro e março, ante o primeiro trimestre de 2017.
A China cresceu 6,7% e ficou em segundo na lista da Austin Rating. Em terceiro ficaram as Filipinas, com 6,0%, seguidas de Egito e Peru (ambos com 5,4%), Indonésia e Chile (ambos com 5,3%), Polônia e Letônia (ambos com 5,1%). Em décimo lugar no ranking ficou a Tailândia, com crescimento de 4,6%, empatada com a Hungria.
Os Estados Unidos cresceram 2,9% em relação ao segundo trimestre de 2017. Entre os países comparáveis com o Brasil, Coreia do Sul (2,9%) e México (2,7%) tiveram desempenho superior ao brasileiro.
Estagnação
O PIB brasileiro avançou 0,2% no segundo trimestre do ano, refletindo a fraca atividade econômica no País. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31). Já o PIB do 1º trimestre do ano foi revisado de 0,4% para 0,1%.
O PIB brasileiro avançou 0,2% no segundo trimestre do ano, refletindo a fraca atividade econômica no País. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31). Já o PIB do 1º trimestre do ano foi revisado de 0,4% para 0,1%.
Analistas do mercado apontam que a paralisação dos caminhoneiros, no fim de maio, foi determinante para o tímido resultado, ainda que, para uma parcela dos especialistas, a avaliação seja de que outros fatores já indicavam um resfriamento do ritmo de expansão.
“Não foi por causa da greve, foi um conjunto de fatores. (A greve de caminhoneiros) Afetou o trimestre, mas não podemos olhar só para a greve, tem que olhar o conjunto”, afirmou Claudia Dionísio, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. Para ela, desvalorização cambial, repique da inflação e a greve contribuíram para mudar a trajetória do PIB.
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