sábado, 22 de setembro de 2018

Em sua primeira entrevista após sofrer um atentado, Bolsonaro disse que não retomará a sua campanha eleitoral nas ruas. Ele também criticou o adversário Geraldo Alckmin

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Internado em São Paulo, o presidenciável Jair Bolsonaro conversou com a imprensa pela primeira vez após ser vítima do ataque com faca em Juiz de Fora (MG): “Foi barra-pesada, eu quase morri, estou aqui por um milagre. Mas estou bem e meu bom humor voltou”. A entrevista foi publicada nessa sexta-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
Em relação à sua recuperação e possível retomada da campanha presencial, o candidato disse estar cumprindo rigorosamente as ordens médicas e que é “impossível ir para a rua ou participar de debates antes do primeiro turno”: “Vou fazer participações pela internet”. Ele ainda disse acreditar que deve ser liberado em breve do hospital, mas seguirá no tratamento: “Acho que terei alta nos próximos dias, mas continuo com muito antibiótico”.
Bolsonaro também criticou a campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin: “Vejo com muita tristeza o Geraldo Alckmin, uma pessoa em quem eu já votei. Ele pegou pesado. Eu não esperava isso dele, mas a verdade é que ele não é diferente do PT”.
Comentando a polêmica envolvendo o economista Paulo Guedes, que deve fazer parte de seu eventual governo, o candidato do PSL disse que a parceria “segue firme”.
Ainda segundo ele, a questão da “volta da CPMF” foi mal-interpretada. “Isso é uma distorção. Ele apenas está estudando alternativas. Tudo terá de passar pelo meu crivo”, defendeu Bolsonaro. “Olha, ele não tem experiência política. O cara dá uma palestra de uma hora, fala uma coisa por segundos e a imprensa cai de porrada nele”, acrescentou.
O presidenciável ainda disse que, apesar da “distorção”, considera analisar as ideias do economista: “Se ele usa a palavra IVA (Imposto de Valor Agregado) e não CPMF, não tem confusão nenhuma. Parece uma boa ideia, vamos estudar. A alíquota única do IR para quem ganha mais é uma boa ideia”.
Boletim médico
Duas semanas depois sofrer um atentado, o candidato começou nesta sexta a ingerir alimentos pastosos em decorrência da recuperação dos movimentos intestinais e teve “ótima aceitação”, segundo boletim médico divulgado nesta tarde pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Ele está no hospital desde o dia 7.
Internado em uma unidade semi-intensiva, Bolsonaro permanece sem dor nem sinais de infecção e disfunções orgânicas. De acordo com o boletim, o candidato “evolui com melhora clínica”, recebendo medidas de prevenção de trombose e fazendo exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e períodos de caminhada.
Na quinta-feira, o candidato passou por um procedimento para drenagem de líquido que estava ao lado do intestino. Após constatarem febre de 37,7 ºC, os médicos fizeram uma tomografia de tórax e abdômen e os exames mostraram uma “pequena coleção de líquido ao lado do intestino”.
Bolsonaro recebeu uma facada durante ato de campanha no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). Após ter sido atendido na Santa Casa local, onde chegou a passar por uma cirurgia, ele foi transferido, a pedido da família, para a capital paulista na manhã seguinte.
Vídeo
Nessa sexta-feira, o candidato do PSL ao Palácio do Planalto postou um vídeo na sua conta no Twitter em que diz que está bem e terá alta até o final deste mês. Ele aparece apenas em plano fechado – quando o destaque da imagem fica no rosto – e usa o que indica ser um pijama listrado de azul.
Sorrindo e balançando o corpo, Bolsonaro agradeceu aqueles que torcem por sua recuperação. “Nunca me senti tão bem na minha vida. Até o final do mês estarei de alta, quando juntos enfrentaremos o 7 de outubro”, finalizou, em referência à data do primeiro turno.

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