terça-feira, 5 de junho de 2018

“A Venezuela começou assim”, dizem as distribuidoras de combustíveis sobre o controle de preços

As distribuidoras de combustíveis dizem desconhecer base legal para o controle de preços nos postos e criticaram declarações sobre o uso de força policial para garantir que o repasse dos descontos prometido pelo governo chegue de forma integral às bombas. “A Venezuela começou assim”, disse Leonardo Gadotti, presidente da Plural, entidade que representa o setor de distribuição, em entrevista nesta terça (5).
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Gadotti garantiu, no entanto, que as empresas já estão repassando aos postos os descontos de receberem das refinarias. Assim, nos outros 24 Estados e no Distrito Federal, o repasse chegará no máximo a R$ 0,41 enquanto a cobrança de ICMS se mantiver nos níveis atuais. O imposto é cobrado sobre um preço de referência definido pelos Estados a cada 15 dias.
A Plural reclama de falta de coerência no discurso do governo, ao prometer ao consumidor um desconto que não seria possível. “Os R$ 0,46 que foram divulgados não chegam às bombas por si só”, disse o executivo. “Não é um discurso coerente e está colocando a população contra o negócio de distribuição de combustíveis”, completou ele, em entrevista nesta terça (5). Ele diz que o setor explicou a diferença em reuniões com o governo, mas ainda assim permanece a cobrança pelo repasse de R$ 0,46 por litro.
Para chegar ao valor prometido pelo governo, reforçou o executivo, é preciso que os Estados reduzam a cobrança de ICMS. Em cinco deles, pelo contrário, houve aumento no último ajuste quinzenal, diz a Plural.
São eles: Acre (alta de R$ 0,14 por litro), Alagoas (0,22), Amazonas (0,04), Paraíba (0,13), Rio de Janeiro (0,03) e Tocantins (0,17). Outros 18 Estados e o Distrito Federal mantiveram os valores.
No Rio, o governo Luiz Fernando Pezão aprovou lei reduzindo a alíquota do ICMS sobre o diesel de 16% para 12%, mas a medida ainda não foi sancionada.

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