O site Empresas com Refugiados foi lançado hoje (3), através do Pacto Global e da Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). A proposta da plataforma é oferecer um portal que facilite os processos de contratação de refugiados vivendo no Brasil. O evento aconteceu em São Paulo. Através do site, voltado principalmente para empresas, gestores poderão encontrar orientações a respeito da admissão destes. Da mesma forma que os brasileiros, refugiados e solicitantes de refúgio têm direito à Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), o que garante que eles trabalhem regularmente no país. Ainda assim, um documento que comprove o pedido de refúgio destes basta como forma de registro para empregá-los.
Em 2018, o Brasil recebeu 10.522 refugiados de mais de 100 países, mas apenas 5 mil possuíam registro ativo no país. Para o oficial da Acnur, Paulo Sérgio Almeida, este número se dá pelo fato de que muitos chegam no país pelas fronteiras do norte, e, devido a dificuldades financeiras, não conseguem se deslocar para outros estados, mesmo querendo trabalhar. Caio Pereira, secretário executivo do Pacto Global, reconhece que o principal desafio das companhias, normalmente, é a falta de conhecimento sobre as possibilidades de contratação. Para ele, é fundamental que organizações participem ativamente na sociedade, incentivando causas sociais, como esta: “As empresas precisam refletir a diversidade da população”. Ainda nesse quesito, estudos comprovam que empresas que seguem esse perfil, além de serem mais lucrativas, permanecem no mercado por mais tempo. É o que Adriana Carvalho, gerente de Princípios de Empoderamento da Organização das Nações Unidas (ONU), demonstra, ao comentar a importância socio-econômica de investir em uma sociedade mais inclusiva.
Outro projeto, voltado para mulheres na condição de refugiadas, também busca auxiliar e assegurar a adaptação destas no país, através do “Empoderando Refugiadas”. Até então, 130 mulheres vindas da Colômbia, Síria, Moçambique, República Democrática do Congo e Venezuela, firmaram parcerias com o governo e receberam empregos e benefícios.
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