O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair
Bolsonaro, apresentou um projeto prevendo que um estudante condenado por
depredação de patrimônio público, ainda que apenas em âmbito
administrativo, seja expulso da instituição de ensino à qual esteja
vinculado. A proposta, que será analisada pela Câmara, também preconiza
que o infrator tenha a matrículas recusada em outros estabelecimento
oficiais.
“Serão desvinculados compulsoriamente e terão recusadas as matrículas
nos estabelecimentos oficiais de ensino, os discentes que forem
condenados administrativamente ou judicialmente em casos de depredação
do patrimônio público”, prevê o projeto.
“Ampla defesa”
O texto sugerido pelo parlamentar prevê que o aluno terá direito de
apresentar “alegações” e “documentos” antes da decisão, para que seja
respeitado o “contraditório” e a “ampla defesa”. Na justificativa da
proposta, Eduardo Bolsonaro sugere enquadrar pichações como exemplo de
depredações.
“A depredação do patrimônio é um fenômeno observado e tratado com
naturalidade e muita tolerância em quase todas as instituições públicas
de ensino”, criticou o filho do presidente da República. “Ela se
manifesta por meio das constantes pichações nas paredes e carteiras, no
quebra-quebra de cadeiras, mesas e maçanetas de portas, bem como,
através de tantos outros tipos de violência contra um espaço físico.”
“Vale ressaltar que essa depredação aqui mencionada é praticada de
forma intencional e voluntária e na grande maioria das vezes pelos
próprios alunos”, prosseguiu o parlamentar, sem no entanto apresentar
dados oficiais que confirmem essa afirmação.
“Conscientização”
Eduardo argumenta que a proposta tem um caráter educativo, ao
ressaltar as despesas geradas pela depredação: “É necessário
conscientizar o cidadão de que o dinheiro gasto para a compra e conserto
dos bens recebidos, principalmente nas escolas, provém dos impostos
arrecadados e os recursos gastos com reformas, reposições, consertos e
outras ações, poderiam ser aplicados em benefícios para a própria
comunidade escolar”.
Eduardo Bolsonaro publicou o projeto em sua conta no Twitter,
destacando a iniciativa. Uma internauta sugeriu que a pena fosse
aplicada também a aluno que batesse em professor. O parlamentar se
mostrou receptivo à inclusão desse item. “Ao projeto cabem emendas
(alterações). Boa ideia “, respondeu.
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