O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, chamou o presidente eleito, Jair Bolsonaro, de amigo durante encontro nesta sexta-feira (28) no Rio de Janeiro. “Israel é a Terra Prometida, e o Brasil é a terra da promessa, do futuro”, disse Netanyahu, o primeiro premiê de Israel em exercício a visitar o Brasil desde a fundação do Estado judaico, em 1948.
Bolsonaro afirmou que o Brasil sob seu governo pretende ser, mais do que um parceiro, um irmão de Israel. Netanyahu chegou ao hotel por volta das 13h e descansou por cerca de uma hora.
Para o encontro, no Forte de Copacabana, o israelense chegou depois de Bolsonaro, por volta das 14h. Sua comitiva tinha 13 carros, incluindo uma ambulância do Corpo de Bombeiros, escoltada por batedores do Batalhão de Choque em motos.
Bolsonaro deu a Netanyahu uma medalha em uma faixa azul. “Muitas coisas já foram ditas sobre mim, muitas coisas já foram jogadas sobre mim, mas eu nunca recebi uma medalha assim”, brincou o primeiro-ministro. “É informal mas é do coração”, disse Bolsonaro.
No domingo (30), Netanyahu tem encontros com lideranças da comunidade judaica e de cristãos no Rio. Netanyahu deixou a base aérea do Galeão, na Zona Norte do Rio, por volta de 12h. A comitiva foi escoltada por veículos da PF (Polícia Federal). No hotel onde ele ficará hospedado até a próxima terça (1º), grades foram colocadas para controlar o acesso.
“É uma grande mudança que Bolsonaro lidera, e estou feliz por podermos abrir uma nova era entre Israel e essa superpotência chamada Brasil”, disse o primeiro-ministro antes de embarcar, nesta quinta (27).
Na pauta do encontro, ele afirmou estar “o relacionamento de Israel com o maior país da América Latina, o quinto maior país em população, um país enorme com enorme potencial para o Estado de Israel, tanto na esfera econômica, no campo de segurança como na esfera política”.
Bolsonaro tem feito acenos a Israel desde a campanha e prometeu transferir a embaixada brasileira naquele país de Tel Aviv para Jerusalém, seguindo o exemplo dos Estados Unidos.
A visita ocorre em meio a um conturbado momento político em Israel, que culminou com a dissolução do Parlamento daquele país e a antecipação das eleições gerais de novembro para abril de 2019. Com a medida, Netanyahu se mantém no poder, mas não pode tomar decisões que precisem de aprovação parlamentar.
No cargo há uma década, o premiê é alvo de quatro investigações sobre corrupção. A procuradoria-geral precisará aguardar as eleições antes de se pronunciar sobre as investigações.
Netanyahu deve ser um dos 12 chefes de Estado e governo estrangeiros presente na posse de Bolsonaro.
As declarações do futuro chanceler, Ernesto Araújo, e do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, também indicam que o Brasil deverá passar a votar do lado de Israel em organismos internacionais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário