A maxidesvalorização sofrida pelo peso argentino nas últimas semanas foi uma ótima notícia para os brasileiros que já tinham se programado para passar o feriado de 7 de setembro em Buenos Aires. Se a Argentina já estava mais barata em relação a outros momentos, agora ficou ainda mais atraente, sobretudo em matéria de compras e restaurantes.
Que o digam Vicente e Maria Gomes, um casal de Goiânia que chegou para passar cinco dias na capital argentina e em uma de suas primeiras noites foi jantar no tradicional restaurante Fervor, no bairro da Recoleta, zona nobre da cidade. Na hora de pagar a conta, eles não conseguiam acreditar que o total dava menos de R$ 100 por pessoa.
“Comemos um prato de frutos do mar à grelha, uma delícia. Tomamos vinho, pedimos sobremesa, café, tudo. Onde moramos não se consegue essa qualidade de serviço por este preço”, afirmaram em entrevista ao jornal O Globo.
Impulso ao turismo
O casal, como a maioria dos brasileiros que desembarcaram na Argentina nos últimos dias, conseguiu trocar reais a uma cotação em torno de 8 pesos. Há duas semanas, a moeda brasileira não passava dos 7 pesos.
“Com estes valores, é mais caro ir para qualquer destino do Norte brasileiro. Aqui se come melhor e mais em conta”, insistiram os goianos.
O número de brasileiros que escolhem a Argentina como destino turístico tem aumentado de forma expressiva nos últimos dois anos. Nos primeiros cinco meses deste ano, o total de turistas provenientes do Brasil alcançou 502.394, o que representa um crescimento de 6,4% frente ao mesmo período do ano passado. Em 2017, visitaram o país 1.264.304 milhão de brasileiros, cerca de 15% a mais do que mostraram os registros de 2016.
A expectativa do governo argentino é que a forte desvalorização do peso impulsione o turismo internacional e seja um dos motores de recuperação da economia, a partir dos primeiros meses do ano que vem.
Se depender dos brasileiros, o plano dará certo. O que mais atrai quem chega do Brasil é, sem dúvida, a comida. Sabe-se que em Buenos Aires e outras cidades turísticas argentinas, como Bariloche, Mendoza, El Calafate e Salta, existem restaurantes de excelente qualidade. E o grande interesse dos brasileiros é a carne, de preferência, acompanhada por um bom vinho.
“Fechamos a compra do pacote antes da desvalorização do peso, mas, agora que estamos aqui, queremos aproveitar, principalmente, a gastronomia local”, disseram Camila e Roni Mascarenhas, de São Paulo.
Outros, como Henrique e Alessandra Addine, do Espírito Santo, já aproveitaram para fazer compras, levando caixas do clássico alfajor Havanna.
“Comparado com Vitória, onde moramos, aqui se come melhor e mais em conta”, assegurou Alessandra.
O casal optou por alugar um apartamento mobiliado e fez até compras num supermercado local.
“A mesma compra teria nos custado entre 20% a 30% mais em Vitória”, disse Alessandra.
“A mesma compra teria nos custado entre 20% a 30% mais em Vitória”, disse Alessandra.
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