A ex-presidente da República (2011-2016) e a agora candidata ao Senado pelo Estado de Minas Gerais, Dilma Rousseff (PT), lamentou o ataque sofrido pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).
Ela conversou com a imprensa após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR) onde ele cumpre pena de prisão. Na avaliação da ex-mandatária, atitudes como o ataque a Bolsonaro são culpa do ódio criado na sociedade.
“Eu acho lamentável. Agora, acho que incentivar o ódio cria esse tipo de atitude. Você entende? Você não pode falar que vai matar ninguém. Não pode fazer isso, principalmente um candidato à Presidência”, disse Dilma, sem citar Bolsonaro nem qualquer outro candidato. “Agora, quem fez isso tem de pagar, quem fez isso não pode ficar impune. Por que não pode ficar impune? Porque tem que servir de exemplo que ninguém pode fazer isso com nenhum candidato. Isso não pode acontecer”.
“Um país democrático, que se respeita, que quer ser civilizado não pode admitir que se esfaqueie qualquer candidato, não interessa quem seja. Não podemos flexibilizar certas coisas, porque teremos consequências danosas não só para os candidatos, mas para as crianças, homens e mulheres deste país”, completou a petista.
Twitter
Em seguida, em postagem na sua conta no Twitter, ela voltou ao tema: “Eu lamento muito a violência e o episódio ocorrido. Não concordo que o debate político seja feito com ódio ou se recorra à violência. O ódio não pode ser semeado. Não é assim que ganhamos respeito ou fazemos política”.
Antes de ser questionada especificamente sobre o ataque a Bolsonaro, a ex-presidenta afirmou que a violência sofrida por ela durante o impeachment em 2016 e mesmo durante o seu mandato não pode se repetir com outro “homem ou mulher”.
“Eu fui submetida a uma grande violência, com conteúdos misóginos, machistas, inclusive diante da minha família. Mas não é hora de eu ficar lamentando. Temos que ser capazes de, nesta eleição, lavar e enxaguar a alma do Brasil. Temos que recompor a capacidade de diálogo. Agora, quando você planta o ódio, colhe tempestade”, disse.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), também lamentou o ataque a Bolsonar: “Nenhum ato de violência é justificável. A política não pode ser uma seara de violência, nós não podemos ter ações de violência e normalizar isso. Aliás, em nenhuma esfera da vida, a violência é justificável. A política é o espaço de debate das ideias
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