quarta-feira, 25 de julho de 2018

Com gritos de “Lula livre!”, um grupo de manifestantes jogou tinta vermelha na entrada do edifício do Supremo

Por volta do meio-dia dessa terça-feira, um grupo de supostos simpatizantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou tinta vermelha em uma das entradas do edifício-sede do STF (Supremo Tribunal Federal) em Brasília.
A assessoria de imprensa da Corte informou que a Secretaria de Segurança do órgão já tomou providências para apurar o incidente: “Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do tribunal e contribuirão para as investigações”.
Os manifestantes fizeram uma performance em frente à sede do tribunal com gritos de “Lula livre!” e cartazes que simbolizavam a Constituição Federal e a carteira de trabalho. Ao final, o grupo arremessou sacos plásticos com tinta vermelha contra o chão da área externa do Salão Branco, por onde os ministros do STF entram para as sessões.
De acordo com seguranças do tribunal, aproximadamente 30 pessoas chegaram em duas vans para a manifestação – que durou em torno de dez minutos – e deixaram o local antes de serem abordadas. Parte da turma utilizava máscaras e narizes-de-palhaço, além de vestir cartolinas com palavras-de-ordem.
Elas também entoaram uma paródia da música “Funeral de um Lavrador”, de Chico Buarque, um clássico da música popular brasileira. Na versão dessa terça-feira, a letra foi modificada para dar lugar a críticas à reforma trabalhista e à política de preços da Petrobras.
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A entrada do Salão Branco foi isolada e funcionários do tribunal começaram a realizar a limpeza. Os seguranças disseram que o grupo não fez ameaças físicas ou outros tipos de depredação além da sujeira com tinta.
Na última sexta-feira, um grupo de simpatizantes de Lula também protestou em frente ao Supremo. Os seguranças suspeitam que sejam as mesmas pessoas.
Repúdio
Por meio de nota, a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) afirmou que atos de vandalismo como esse não podem ficar impunes.
“A AMB tem advertido, em diversas oportunidades, para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça”, ressaltou o texto.
Situação
Lula está preso em Curitiba desde a noite de 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava-Jato, no caso do triplex do Guarujá (SP).

A pena foi fixada em 12 anos e um mês de prisão pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sedidado em Porto Alegre). O petista nega os crimes, diz ser vítima de perseguição política e que será candidato ao Palácio do Planalto na eleição deste ano.

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