A manhã desta quinta-feira (21) foi marcada por muita revolta, confusão, agressões e tumulto na Assembleia Legislativa do Piauí. Dezenas de professores revoltados com a atitude dos deputados governistas de anular a votação do último dia 6, que concedia aos professores o reajuste salarial de 6,81% com a derrubada do veto do governador, ocuparam o corredor que dá acesso ao plenário e esperaram o momento dos deputados estaduais passarem no local.
Quando o presidente da Assembleia, deputado Themístocles Filho (MDB), apareceu indo em direção ao Plenário acompanhado de outros parlamentares aliados do governo, a confusão ficou generalizada. A polícia tentou garantir a passagem deles em meio a empurrões, gritos de golpistas e até agressões. Com muita dificuldade, Themístocles conseguiu chegar ao plenário. Cinegrafistas, professores e policiais chegaram a cair em meio à confusão.
A revolta dos professores acontece um dia após a Assembleia tomar uma decisão extremamente incomum. Na quarta (20), os deputados da base aliada do governador Wellington Dias (PT) anularam os efeitos da votação do dia 6 de junho, quando um veto do governador ao aumento de 6,81% para os professores foi derrubado, o que manteve o percentual de reajuste. Com a anulação da sessão, os reajuste de 6,81% foi retirado.
Deputados da oposição acusam o governo de fazer uma manobra jamais vista na história do Poder Legislativo estadual. Na sessão da quarta (20), eles se retiraram do plenário em forma de protesto. Nesta quinta-feira, a deputada Juliana Falcão (PSB) renunciou ao cargo de 4º secretário da mesa também em protesto. Com a retirada do reajuste de 6,81%, o governador Wellington Dias (PT) agora quer conceder um aumento de 2,9%, valor dentro da inflação. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte) promete ir à Justiça.
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