sábado, 9 de junho de 2018

A força-tarefa da Lava-Jato denunciou seis pessoas por propinas de 9,6 milhões de reais na refinaria Abreu e Lima

A força-tarefa da Lava-Jato ofereceu denúncia contra seis pessoas por propinas de R$ 9,6 milhões na construção de casa de força da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre os denunciados está Sérgio Bocaletti, que foi preso na 51ª fase da operação, deflagrada em maio. Ele é apontado como operador de desvios em contratos da estatal.
Resultado de imagem para A força-tarefa da Lava-Jato denunciou seis pessoas por propinas de 9,6 milhões de reais na refinaria Abreu e LimaSegundo a denúncia, executivos da Alusa, contratada para obras na Abreu e Lima, pagaram propinas ao ex-diretor da Petrobras Pedro Barusco e ao ex-gerente Glauco Colepicolo. O valor de R$ 9,6 milhões era referente a 1% do contrato com a petrolífera. Bocaletti e outro denunciado, Luís Eduardo Campos Barbosa, são acusados de ajudarem a ocultar propinas aos ex-agentes públicos (lavagem de dinheiro).
A força-tarefa denunciou os ex-diretores da Alusa, Mário de Andrade (corrupção ativa), José Lázaro (corrupção ativa e lavagem de dinheiro), César Godoy (corrupção ativa e lavagem de dinheiro) pelas propinas pagas aos ex-diretores da estatal e ainda acusou o ex-executivo da Odebrecht, Rogério Araújo, por lavagem de dinheiro.
Executivos
A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná ofereceu, na sexta-feira (08), denúncias contra nove investigados por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de um contrato para prestação de serviços no valor de R$ 825 milhões celebrado entre a construtora Odebrecht e a Petrobras.
Dentre os denunciados pela força-tarefa estão os ex-funcionários da estatal Aluísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud e Ulisses Sobral Calile, o operador financeiro Mário Ildeu de Miranda e Ângelo Tadeu Lauria, apontado como agente que intermediava repasse de recursos ilícitos a políticos vinculados ao MDB, além de quatro executivos da empreiteira.
A denúncia decorre da fase 51 da Lava-Jato, deflagrada no mês de maio e intitulada “Dejà Vu”. O contrato celebrado previa a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde em nove países além do Brasil.
Segundo a Procuradoria, para garantir que a empresa fosse favorecida na disputa, executivos pagaram propina aos ex-funcionários da estatal e a operadores vinculados ao MDB no valor de aproximadamente US$ 55 milhões – cerca de R$ 200 milhões em montante atualizado. Tais pagamentos ocorreram entre os anos de 2010 e 2012, sustenta a Lava Jato.
“Como contrapartida à propina paga, a Odebrecht teve acesso a informações privilegiadas de modo antecipado sobre o projeto, inclusive à relação das empresas a serem convidadas para o futuro certame, bem como ‘sugeriu’ alterações relacionadas ao procedimento licitatório que restringiam a competição e a favoreciam amplamente”, afirmou o Ministério Público Federal.
“Dentro do esquema criminoso que tomou conta da Petrobras e que dividia as diretorias conforme os interesses políticos, as indicações e manutenções de cargo na Área Internacional eram realizadas pelo MDB”, destacou a Procuradoria.
À época dos crimes apontados pela denúncia, o diretor que ocupava o cargo era Jorge Zelada e Aluísio Teles ocupava o cargo de gerente-geral da pasta. Provas colhidas durante a investigação e que constam na denúncia indicam a forma como a propina foi distribuída”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário