A força-tarefa da Lava-Jato ofereceu denúncia contra seis pessoas por propinas de R$ 9,6 milhões na construção de casa de força da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre os denunciados está Sérgio Bocaletti, que foi preso na 51ª fase da operação, deflagrada em maio. Ele é apontado como operador de desvios em contratos da estatal.
A força-tarefa denunciou os ex-diretores da Alusa, Mário de Andrade (corrupção ativa), José Lázaro (corrupção ativa e lavagem de dinheiro), César Godoy (corrupção ativa e lavagem de dinheiro) pelas propinas pagas aos ex-diretores da estatal e ainda acusou o ex-executivo da Odebrecht, Rogério Araújo, por lavagem de dinheiro.
Executivos
A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná ofereceu, na sexta-feira (08), denúncias contra nove investigados por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito de um contrato para prestação de serviços no valor de R$ 825 milhões celebrado entre a construtora Odebrecht e a Petrobras.
Dentre os denunciados pela força-tarefa estão os ex-funcionários da estatal Aluísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud e Ulisses Sobral Calile, o operador financeiro Mário Ildeu de Miranda e Ângelo Tadeu Lauria, apontado como agente que intermediava repasse de recursos ilícitos a políticos vinculados ao MDB, além de quatro executivos da empreiteira.
A denúncia decorre da fase 51 da Lava-Jato, deflagrada no mês de maio e intitulada “Dejà Vu”. O contrato celebrado previa a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde em nove países além do Brasil.
Segundo a Procuradoria, para garantir que a empresa fosse favorecida na disputa, executivos pagaram propina aos ex-funcionários da estatal e a operadores vinculados ao MDB no valor de aproximadamente US$ 55 milhões – cerca de R$ 200 milhões em montante atualizado. Tais pagamentos ocorreram entre os anos de 2010 e 2012, sustenta a Lava Jato.
“Como contrapartida à propina paga, a Odebrecht teve acesso a informações privilegiadas de modo antecipado sobre o projeto, inclusive à relação das empresas a serem convidadas para o futuro certame, bem como ‘sugeriu’ alterações relacionadas ao procedimento licitatório que restringiam a competição e a favoreciam amplamente”, afirmou o Ministério Público Federal.
“Dentro do esquema criminoso que tomou conta da Petrobras e que dividia as diretorias conforme os interesses políticos, as indicações e manutenções de cargo na Área Internacional eram realizadas pelo MDB”, destacou a Procuradoria.
À época dos crimes apontados pela denúncia, o diretor que ocupava o cargo era Jorge Zelada e Aluísio Teles ocupava o cargo de gerente-geral da pasta. Provas colhidas durante a investigação e que constam na denúncia indicam a forma como a propina foi distribuída”.
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