O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu liminar (decisão provisória) na sexta-feira (18) para soltar mais quatro suspeitos de fraudar fundos de pensão e presos na Operação Rizoma, da Polícia Federal: Marcelo Borges Sereno, economista e ex-assessor do ex-ministro José Dirceu; Adeilson Ribeiro Telles, Carlos Alberto Valadares Pereira(Gandola) e Ricardo Siqueira Rodrigues.
As ordens do ministro são uma extensão da decisão sobre Milton Lyra, suposto operador do MDB no Senado, preso na Operação Rizoma (um desdobramento da Lava-Jato) e também libertado por Gilmar Mendes, na última terça-feira (15).
Os cinco tinham sido presos por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio. A estimativa é de que o suposto esquema investigado pela Operação Rizoma gerou cerca de 20 milhões de reais em propina.
Serpros, ao período de 2014 a 2017.
“Libertador-geral”
O ministro Gilmar Mendes rebateu acusações de ser o “libertador-geral” e disse que a Corte concede habeas corpus a ricos e pobres, mas que “HC de pobre não desperta interesse” da imprensa. A declaração foi dada durante uma palestra sobre o papel e a atuação do Supremo para alunos das Forças Armadas.
“As duas turmas [do Supremo] tratam basicamente de questão penal. Uma das nossas missões continua sendo a dos habeas corpus. Eu, de vez em quando, sou apontado como aquele que é um pouco o libertador-geral. Ah, concede habeas corpus. Um dia discutia com uma querida amiga jornalista, em um debate que houve lá atrás na Folha. ‘Por que vocês do STF só concedem HCs a ricos?'”, afirmou o ministro.
“Concedemos a ricos e pobres. Por quê, eu não sei? Porque jornalista só gosta de rico, não gosta de pobre. Era uma brincadeira minha, mas estava falando a sério. Na verdade, HC de pobre não desperta interesse”, complementou.
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