terça-feira, 22 de maio de 2018

O governo não considera mudar a política de preços da Petrobras, disse o presidente da empresa

O governo nunca considerou mudar a política da Petrobras de reajuste de preços dos combustíveis, afirmou nesta terça-feira (22) o presidente da Petrobras, Pedro Parente, ao sair de reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, em Brasília, no Ministério da Fazenda.
Resultado de imagem para O governo não considera mudar a política de preços da Petrobras, disse o presidente da empresa
“Fui convidado para a reunião. Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras”, disse, informando que os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio.
Segundo Parente, a reunião teve o objetivo de dar informações sobre a dinâmica de mercado. Perguntado se a redução dos preços da gasolina e do diesel, anunciada nesta terça pela empresa, foi feita por pressão política, Parente explicou que a decisão foi tomada em função da queda do dólar na segunda-feira (21).
“A redução de hoje [terça-feira] é simples de entender: houve uma redução importante de câmbio. É a prova de que essa política tanto funciona na direção de subir os preços quanto de cair os preços. O Banco Central interveio com mais intensidade no mercado ontem [segunda], houve uma redução de câmbio e isso foi refletido no preço”, disse.
Com reforço da intervenção do Banco Central no mercado, o dólar comercial encerrou o pregão de segunda em queda de 1,35%, cotado a R$ 3,689. O resultado ocorre após seis altas consecutivas da moeda norte-americana frente ao real. Ao longo da semana passada, o dólar se valorizou 3,85% e chegou a valer mais de R$ 3,74 na sexta-feira (18).
Parente evitou falar sobre eventuais medidas que o governo possa adotar para reduzir os preços dos combustíveis, como mudanças na tributação. “O governo está preocupado com os preços e está procurando ver o que, no nível deles, pode ser feito”, disse. Ele acrescentou que o assunto é de responsabilidade do governo. “Sobre esses temas da alçada do governo, só as autoridades do governo têm que falar”, afirmou, ao deixar o Ministério da Fazenda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário